terça-feira, 30 de abril de 2013

MAX WEBER TIPOS DE DOMINAÇÃO

MAX WEBER
TIPOS DE DOMINAÇÃO
A autoridade pode ser distinguida segundo três tipos básicos: a racional-legal, a tradicional e a carismática. Esses três tipos dê autoridade correspondem a três tipos dê legitimidade: a racional, a puramente afetiva e a utilitarista. O tipo racional-legal tem como fundamento a dominação em virtude da crença na validade do estatuto legal e da competência funcional, baseada, por sua vez, em regras racionalmente criadas. A autoridade desse tipo mantém-se, assim, segundo uma ordem impessoal e universalista, e os limites de seus poderes são determinados pelas esferas de competência, defendidas pela própria ordem. Quando a autoridade racional-legal envolve um corpo administrativo organizado, toma a forma dê estrutura burocrática, amplamente analisada por Weber.A autoridade tradicional é imposta por procedimentos considerados legítimos porquê sempre teria existido, e é aceita em nome de uma tradição reconhecida como válida. O exercício da autoridade nos Estados desse tipo é definido por um sistema dê status, cujos poderes são determinados, em primeiro lugar, por prescrições concretas da ordem tradicional ê, em segundo lugar, pela autoridade dê outras pessoas que estão acima dê um status particular no sistema hierárquico estabelecido. Os poderes são também determinados pela existência dê uma esfera arbitrária de graça, aberta a critérios variados, como os de razão de Estado, justiça substantiva, considerações dê utilidade e outros. Ponto importante é a inexistência de separação nítida entre a esfera da autoridade e a competência privada do indivíduo, fora de sua autoridade. Seu status é total, na medida em que seus vários papéis estão muito mais integrados do que no caso de um ofício no Estado racional-legal.Em relação ao tipo de autoridade tradicional, Weber apresenta uma subclassificação em termos do desenvolvimento e do papel do corpo administrativo: gerontocracia e patriarcalismo. Ambos são tipos em que nem um indivíduo, nem um grupo, segundo o caso, ocupam posição de autoridade independentemente do controle de um corpo administrativo, cujo status e cujas funções são tradicionalmente fixados. No tipo patrimonialista de autoridade, as prerrogativas pessoais do "chefe" são muito mais extensas e parte considerável da estrutura da autoridade tende a se emancipar do controle da tradição.A dominação carismática é um tipo de apelo que se opõe às bases de legitimidade da ordem estabelecida e institucionalizada. O líder carismático, em certo sentido, é sempre revolucionário, na medida em que se coloca em oposição consciente a algum aspecto estabelecido da sociedade em que atua. Para que se estabeleça uma autoridade desse tipo, é necessário que o apelo do líder seja considerado como legítimo por seus seguidores, os quais estabelecem com ele uma lealdade de tipo pessoal. Fenômeno excepcional, a dominação carismática não pode estabilizar-se sem sofrer profundas mudanças estruturais, tornando-se, de acordo com os padrões de sucessão que adotar e com a evolução do corpo administrativo, ou racional-legal ou tradicional, em algumas de suas configurações básicas.
 Ação Política
A finalidade ideal da ação política é a instituição é a perpetuação do poder.
Para a instituição e a perpetuação do poder a ação política exerce três tipos de dominação que precisam ser legitimados. Essa legitimação é realizada das seguintes formas:
Tipos ideais de dominação:
- Dominação carismática: legitimada pela fé e pelas qualidades sobrenaturais do chefe
- Dominação tradicional: legitimada pela crença sacrossanta na tradição
- Dominação legal: legitimada pelas leis a partir dos costumes e tornado possível pela burocracia, trazendo a especialização e a organização racional e legal das funções
 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

leitura interessante

http://g1.globo.com/globo-news/milenio/platb/tag/sociologia/

Mercado de Trabalho pra area?

O mercado tem aberto oportunidades para o cientista social, seja ele bacharel, seja ele licenciado. O bacharel encontra vagas especialmente no setor público, fazendo por exemplo o diagnóstico do impacto de grandes obras sobre determinada comunidade. Cresce também a procura por profissionais com domínio de técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa, que atendem a demandas de institutos de pesquisa. Os licenciados encontram um bom mercado nas escolas de todo o país. "Os cursinhos pré-vestibulares também são campos de atuação. Como a disciplina é obrigatória no ensino médio, tornou-se também matéria que cai no vestibular", diz o professor Fabio Lanza, da UEL.

Salário inicial: R$ 3.270,00 (fonte: Federação Nacional dos Sociólogos).

O QUE É CIÊNCIAS SOCIAIS?

É o estudo das origens, do desenvolvimento, da organização e do funcionamento das sociedades e culturas humanas. O cientista social estuda os fenômenos, as estruturas e as relações que caracterizam as organizações sociais e culturais. Ele analisa os movimentos e os conflitos populacionais, a construção de identidades e a formação das opiniões. Pesquisa costumes e hábitos e investiga as relações entre indivíduos, famílias, grupos e instituições. Desenvolve e utiliza um conjunto variado de técnicas e métodos de pesquisa para o estudo das coletividades humanas e interpreta os problemas da sociedade, da política e da cultura.


Curso

Esse curso exige grande carga de leitura e acompanhamento constante das questões sociais, culturais e políticas. Sua matriz curricular é estruturada tendo como eixo principal três grandes áreas: sociologia, antropologia e ciência política. O grupo de disciplinas obrigatórias é composto de história, geografia, economia, psicologia, filosofia e metodologia científica. Há, ainda, aulas práticas, que incluem pesquisa de campo e coleta, análise e interpretação de dados empíricos. Quem opta pela licenciatura acrescenta à carga horária outras disciplinas obrigatórias, como didática geral e psicologia da educação, e deve cumprir estágio supervisionado. Algumas escolas oferecem programas de iniciação científica e exigem a elaboração de uma monografia no fim do curso. Atenção: há instituições que têm graduação específica numa das habilitações de Ciências Sociais - sociologia, ciência política ou antropologia. Outras escolas oferecem ênfases em áreas específicas, como desenvolvimento regional.

Duração média: quatro anos.

Outros nomes: Antrop.; Ciên. polít. e sociol. (sociedade, estado e polít. na América Latina); Ciên. polít.; sociol. e polít.; sociol.

O que você pode fazer

Antropologia

Estudar as diferentes culturas do homem. Investigar os diversos grupos sociais, culturais ou étnicos e as transformações ocorridas por causa do contato com outros grupos.

Ciência política

Analisar os sistemas, as instituições e os partidos políticos de um país, o comportamento político e as políticas públicas em suas diversas fases (elaboração, implementação e avaliação).

Sociologia

Investigar as relações, as estruturas e a dinâmica das sociedades modernas, analisando os processos históricos de transformação das organizações sociais.

Ensino

Dar aulas nos ensinos fundamental e Médio.

Pesquisa de opinião

Coletar e analisar dados sobre diferentes acontecimentos ou ocasiões para identificar o comportamento e a reação de grupos sociais em relação a eles.

FONTE: http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/ciencias-humanas-sociais/ciencias-sociais-684645.shtml

HISTÓRICO DA SOCIOLOGIA

A preocupação com os problemas da sociedade existe bem antes da revolução Industrial, ou seja, na antiguidade oriental ou na Clássica (greco-romana) já podemos perceber tal engajamento. Platão em A República, Aristóteles em A política já apontavam problemas envolvendo a vida política dos gregos. Na Idade Média vários pensadores árabes discutiam a religiosidade da época. Na modernidade os pensadores renascentistas identificavam problemas sociais e políticos, durante a crise do sistema feudal e na formação dos Estados Modernos. Porém, essas propostas de análise dos problemas da sociedade não apresentavam uma organização objetiva, eram preocupações não sistematizadas, sem métodos específicos e sem um objeto de estudo claro.
Neste sentido, é somente no século XVIII que a preocupação com os problemas da sociedade passa a existir com Ciência, passa a ser sistematizado. A Sociologia surge então com um arcabouço teórico, com um método específico e com um objeto de estudos definido. Podemos, pois definir a Sociologia como uma ciência que estuda os fenômenos sociais, procurando refletir sobre eles e tentando explicá-los através de certos conceitos, técnicas e métodos. Seu campo de estudo é toda a organização da sociedade (a estática) e tudo o que acontece com seus membros (a dinâmica). Como então, o relacionamento entre os homens se estrutura – tomando formas definidas – e como ele se processa – seu funcionamento – isto é o que interessa para a Sociologia.

Marx x Dürkheim x Weber

Marx x Dürkheim x Weber


Marx e Dürkheim consideram que pessoas estão freqüentemente envolvidas em um turbilhão de acontecimentos, os quais elas próprias não são capazes de analisar.

Marx e Weber em suas teorias, cada um à sua maneira, refletem o mesmo caráter crítico com respeito às pretensões absolutistas e universalistas das teorias econômicas de corte liberal.

Marx, Dürkheim e Weber Embora, distintos em quase tudo, os três concordam com a idéia de que o individualismo é uma criação da cultura capitalista ou industrial, conforme a designação de cada autor. as configurações institucionais contemporâneas seguiram um curso diverso das previsões analíticas dos clássicos da sociologia, fossem as de Marx, Durkheim ou Weber. As revoluções socialistas, quando ocorreram, se passaram de forma muito distinta da imaginada pelo socialismo científico de Marx e Engels,  da mesma forma que a ampliação das liberdades individuais, do hedonismo e da cultura individualista acabou de vez  com a idéia de que as pessoas têm um comportamento passível de ser apreendido por normas, conforme o pensamento de Durkheim.